Camila - Camila Cabello (REVIEW)

Eu deveria estar fazendo qualquer coisa da minha vida que não fosse reativar um blog às moscas só pra fazer review de um álbum novo, mas assim que li o artigo do NY Times sobre o álbum Camila, debut solo da Camila Cabello, que dispensa apresentações, me senti na obrigação de tirar minhas próprias conclusões. 



Já imaginava que o álbum inteiro seria focado em canções que falassem sobre relacionamento, e como qualquer pessoa que acabou de sair da adolescência, me identifiquei com grande parte das letras. Confesso que esperava alguma coisa diferente sobre o ritmo que o álbum teria, algumas músicas mais explosivas ou coisa do tipo. Me surpreendi, e ainda que esse não seja o meu gênero preferido, me agradei muito com a melodia calma e a voz da Camila indo parar naqueles agudos impossíveis.

"Ms. Cabello said she took inspiration from the Latin music that soundtracked her childhood, as well as more contemporary reggaeton revisionists like Calle 13 and J Balvin. 
Then she blended those sounds with the auteur pop of artists like her friends Taylor Swift and Ed Sheeran, hoping to unearth her own original recipe. “I feel like the best way to come up with something new and different is just to be the you-est you possible,” Ms. Cabello said. “If you pull from all the different little parts of yourself, nobody can replicate that.” " (NY TIMES

E como já era esperado, cada canção é um reflexo da Camila. Conseguimos sentir isso tanto nas letras quanto nas melodias, em algumas mais do que em outras. Uma ou outra segue a vibe de Havana, mas todas as outras, ainda que músicas bem calmas e gostosas de se ouvir, são ótimas. Como eu não sou nenhuma crítica musical nem nada do tipo, qualquer informação que eu jogar nesse post é totalmente superficial, inteiramente a minha opinião sobre todas as músicas, sem nenhum embasamento social, cultural ou artístico.

Never Be The Same, Havana e She Loves Control tem a sonoridade parecida, são um pouco mais animadas. In The Dark, Something's Gotta Give, Into It e Consequences viraram as músicas da minha vida. All These Years não me chamou taaaanta atenção assim, e Real Friends é sem dúvidas a música mais polêmica do álbum, mas me abstenho de comentários sobre essa treta. E de longe a música que eu menos gostei foi Inside Out, chata e repetitiva.

Ouvindo todas as músicas e acompanhando as letras pelo menos umas duas vezes cada, cheguei a conclusão de que é um ótimo álbum. Talvez um pouco superestimado? Talvez, fiquei muito mais emocionada com o HFK da Halsey, mas sem dúvida alguma é um ótimo álbum. Camila conseguiu contar várias histórias diferentes em dez faixas, e de alguma forma, elas se conectavam, seja pela letra ou sonoridade.

Acho que a Camila cumpriu bem o seu papel, trazendo um estilo totalmente diferente do abordado na girl band que participava. Como eu disse anteriormente, Camila é literalmente o que ele é, um reflexo da cantora e nada mais do que isso.

É importante as músicas retratarem coisas reais, ainda que sejam polêmicas e possam afetar indiretamente algumas pessoas. Vemos uma Camila sincera, tanto quanto a sua arte, quanto com os seus sentimentos. Eu diria que é um álbum bem "sem máscaras", sem canções desconexas apenas pra fazer hit. São músicas boas, bem feitas e daquele estilo "sincerona" que lembram bastante as da Taylor Swift em 2009/10.

Camila merece o hype que tem, e eu to bem ansiosa pra ver o amadurecimento da nossa fada como cantora.

A Sereia - Kiera Cass [Resenha]

Oi gente! O que vocês andam lendo ultimamente? Eu admito que fiquei um tempo sem ler alguma coisa, mas acabei voltando ao hábito agora que tenho mais tempo livre. Um livro que eu li nos últimos dias e senti muita vontade de compartilhar foi o livro A Sereia da Kiera, mesma autora da série A Seleção.

Quem já acompanha o blog a um tempo sabe que não sou a maior fã dos livros, mas fiquei animada por saber que a autora havia lançado um livro com a temática das sereias aqui no Brasil.

Nossa protagonista da vez se chama Kahlen, uma garota de dezenove anos que a oitenta anos atrás sofreu um naufrágio junto com a sua família. Diferente deles que morreram, Kahlen ganhou uma segunda chance dada pela Água, chance que lhe garantia uma vida imortal por cem anos se durante esse tempo ela fosse uma sereia. Ser uma sereia significava usar a sua voz para fazer com que as pessoas se atirassem no mar, alimentando a água com suas vidas. 

Kahlen durante todo o livro é uma garota muito fechada e solitária, sempre serviu a Água com muita obediência mesmo que isso lhe causasse pesadelos, mas como todo romance da Kiera ela precisava encontrar um amor que dificultasse todas as coisas. Akinli entra na vida dela de uma forma muito aleatória e como de costume nos livros da Kiera, o romance entre os dois é rápido e muito intenso, coisa que me incomodou um pouco, você não vê muito o desenvolvimento do casal, apesar de entender os motivos pra ela se apaixonar por ele tão rápido. 

O problema todo é o fato de Kahlen não poder falar, muito menos se apaixonar por um humano, sua voz é mortal e o fato de permanecer anos com a mesma aparência revelaria o segredo das sereias. No livro vemos também as "irmãs" de Kahlen com personalidades totalmente diferentes, mas que são de extrema importância na trama toda, e tem também a participação da Água que se desenvolve no decorrer da história, te fazendo ter um sentimento de amor e ódio pela 'pessoa' que ela é.

A história em si é boa mas na minha opinião poderia ter sido desenvolvida de uma forma melhor, ou pelo menos com um final menos confuso e mais coerente, as coisas acontecem tão rápido do meio para o fim que tornam a história um pouco breve de mais, não tendo muito tempo para você se aprofundar na relação dos personagens. 

Apesar de tudo é uma leitura bem pequena, li em algumas horas mas não sei se leria de novo. De qualquer forma, valeu a pena.
Blog da Beca - 2016. Programação por : Beautée Store. Tecnologia do Blogger. Subindo... imagem-logo